domingo, 26 de abril de 2009

9°ano A - David N°7

David
N°7
9°ano A
ESCOLHA ERRADA

É uma pena que mesmo em pleno século XXI com todos os avanços da medicina ainda estejamos com um grande problema : a questão do parto por cesaria. Apesar da imprecisão dos dados brasileiros, é fácil associar boa parte dessas mortes à cesariana. Até o século 19 três de cada quatro mulheres morriam de infecção ou sangramento intenso em conseqüência dessa cirurgia. Hoje, em uma cesariana, o médico faz uma incisão de 10 ou 15 centimetros no ventre da mulher, logo acima dos pêlos pubianos e corta outras cinco camadas de tecido até alcançar o útero para retirar o bebê.
Muitas mulheres que fazem uma cesaria poderiam ter um parto natural, mas os médico não avisam a mulher dos riscos de uma cesariana e que a mulher corre sérios riscos de vida, para ela e para o bebê. O médico prefere a cesariana por ser mais fácil do que o parto natural e é mais rápida também . Esse é um motivos pelo qual a mortalidade no parto cesario vem crescendo no Brasil e no mundo, preocupando pesquisadores.
Uma das várias acões do governo federal para tentar reduzir o número de cesarianas desnecessárias foi, em 2000 o Ministério da Saúde fez com os estados um pacto pela redução das cesáreas. Uma portaria do ministério determinou que as secretarias estaduais da Saúde acompanhassem o número de partos nos hospitais afiliados ao SUS para garantir que o índice de cesáreas não aumentasse nos estados em que já era inferior a 20%. Mas, aparentemente, aconteceu o contrário. As taxas de cesarias estão subindo, e já passam os 25%, muito acima do proposto pela O.M.S. de no máximo 15%.
Uma das motivações dessa forma de agir é a insegurança para realizar o parto normal, conseqüência de como se dá no país a especialização médica nessa área. Nos últimos anos equipes do Cemicamp e da Unicamp ajudaram a derrubar um argumento muito usado pelos obstetras para justificar a realização das cesarianas: o de que as mulheres preferem a cirurgia por medo da dor do parto normal ou por receio dos efeitos desse tipo parto sobre a vida sexual feminina.

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